sexta-feira, 23 de junho de 2017

ZÉ BOBO





Pouca coisa se sabia dele. Pouco eu me lembro: era só o Zé Bobo, o Zé Ninguém.
Tinha as mãos encardidas e o sorriso enorme na cara enrugada. Carregava sempre um canivete bem afiado. Descascava laranjas com uma rapidez incrível, fazendo a alegria da criançada. Só para elas ele fazia isso.

Disso eu nunca me esqueci. Chupei muita laranja descascada por aquelas mãos encardidas. 






3 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

memórias boas que ficam...

e é tão bom ter memórias...

beijinhos

:)

José Carlos Brandão disse...

Eu conheço esse Zé Bobo.

Sinval Santos da Silveira disse...

Oi, Poetisa/Sônia Brandão !
Todos trazemos, do passado, lembranças
semelhantes a deste texto, que nos
enchem de saudade...
Parabéns pela sensibilidade e gratidão !
Um fraterno abraço e uma ótima semana.
Sinval.

O CÉU SE INCENDEIA